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Soja: As atuais condições climáticas devem garantir uma boa colheita? Agrônomo da C.Vale detalha a real situação de momento

Os agricultores do Oeste do Paraná e demais regiões, estão depositando total confiança na colheita de verão, no caso, a soja. Depois de duas colheitas frustradas, a soja do verão passado e a última safra de milho, os produtores almejam colheitas melhores para conseguirem pagar dívidas e investirem nas suas propriedades.

Para um bom andamento da lavoura, é imprescindível que o tempo colabore com chuva e sol na medida certa. Após um longo período de estiagem, que provocou o atraso no plantio da soja deste ano, as chuvas voltaram na região e estão trazendo um alento aos produtores, que, vendo a soja crescer, sonham com dias melhores.

A nossa reportagem conversou com o Engenheiro Agrônomo da C.Vale em Palotina, Lucas Rafael Sanches, que assim como os demais profissionais, está percorrendo as propriedades verificando a lavoura de soja. Para ele, existe uma condição meio que adversa na região no quesito calor.

Lucas Rafael Sanches – Eng. Agrônomo da C.Vale

“Com precipitação de uma massa de ar muito quente, isso tem acarretado uma diminuição no crescimento da soja, mas isso é apenas em algumas áreas e não é geral, na sua grande maioria, que já está no período reprodutivo, este crescimento tem sido satisfatório. A lavoura tem uma exigência maior em recurso hídricos e na região que a chuva acaba sendo mais escassa, prolongando em dias mais secos, podemos ter perdas em rendimento em decorrência disso”, afirmou Lucas Rafael.

Sobre ter uma super safra, o Engenheiro Agrônomo, diz que tudo vai depender de como vai agir o clima.

“As condições climáticas estão meio que desfavoráveis, segundo as previsões de momento, mas existe uma grande expectativa para o mês de janeiro de 2022 com chuva até acima da média o que nos leva a posicionarmos os produtores a fazerem as aplicações dos fungicidas antes do fechamento das entrelinhas para evitar problemas com doenças de final de ciclo como, a Antracnose e Mancha Alvo que podem provocar a diminuição da produtividade. Então nós estamos orientando os produtores para o manejo deste fungicidas de forma preventiva para evitarmos problemas mais a frente”, apontou o agrônomo da C.Vale.

Em relação as pragas a serem combatidas de momento, Lucas Rafael destacou algumas em que o agricultor precisa ficar a tento.

“Devido esta condição de seca, nós temos notado a presença de Trípes em algumas partes baixeiro da lavoura de soja, um pouco de Mosca Branca e principalmente a infestação de percevejos. A soja entrando no período reprodutivo, ela tem por característica atrair os percevejos que estavam nas matas em período de diapausa, e estão começando a causar danos na lavoura. Ele é um perigo por que a picada no início da floração, pode causar o abortamento da flor da soja e consequentemente vai se perdendo aquela flor, e isso, se for em quantia muito grande dentro de uma determinada área, vai comprometer o rendimento. Por isso que já estamos fazendo o monitoramento das áreas, os planos de batidas para estarmos posicionando as primeiras aplicações para evitar que este inseto tenha um pico populacional gigante mais a frente e assim tenhamos grandes perdas da lavoura. Nós, agrônomos da C.Vale, temos visto tudo o que está acontecendo e num consenso geral saímos a campo, a final, não são casos isolados e esta é a hora de combatermos estes problemas principalmente neste momento que a soja está no estágio fonológico.

Jairo Alves – Produtor em Palotina

Os agricultores estão atentos sobre o nosso monitoramento, fazendo toda a orientação necessária, acompanhando o manejo correto para que tenha um alto rendimento em sua propriedade. Este é o nosso dever como agrônomo, juntamente com nossos colegas da empresa C.Vale, oferecendo um serviço de qualidade ao associado, independente dele ser um grande produtor, com milhares de alqueires, ou aquele que possuí uma pequena propriedade, como é o caso do senhor Jairo Alves, com a sua lavoura de soja na Linha Azul, aqui em Palotina, que juntamente com a sua esposa, Maria Eroni, vivem do que plantam e colhem. Nós prezamos por todos os associados”, destacou Lucas.

O Engenheiro Agrônomo, também destacou em relação a estas altas temperaturas, para ele, este calorão pode comprometer a produção.

“A temperatura alta é sempre um fator preocupante, e o que já estamos vivenciando não é a temperatura ideal. Este calor acima da média para este tipo de cultura é perigoso e a soja já está sentindo. Estamos já verificando o abortamento de folhas no baixeiro, isto indica que a planta já está um pouco estressada.

De fato, esta não é uma condição boa de temperatura e por isso precisamos de uma precipitação maior de chuva e consequentemente uma baixa na temperatura, apesar de sabermos que essa nossa região, principalmente neste período, não existe temperaturas amenas, com isso, demandamos mesmo é de chuva para que a soja cresça dentro do esperado”, enfatizou.

Mesmo diante de todas estas preocupações relatadas nesta entrevista concedida à redação do É Notícia pelo Engenheiro Agrônomo da C.Vale, Lucas Rafael Sanches, mesmo assim as expectativas são muito boas em relação a colheita no próximo ano. O volume de grãos produzidos pelo Paraná na safra de verão 2021/2022, deve chegar a 25 milhões e 610 mil toneladas, cultivadas em uma área seis milhões e 200 mil hectares, segundo relatório mensal divulgado na quinta-feira (25/11) pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Se confirmando esta expectativa, a produção será 10% superior à do ciclo 2020/2021, em uma área 1% maior.

“Chuva na hora certa e uma boa combinação de temperatura e um excelente manejo por parte dos produtores, teremos sim uma safra bem superior do que tivemos anteriormente”, finalizou o Agrônomo Lucas Rafael Sanches, da C.Vale em Palotina.

 

Redação: É Notícia – Jornalista Germano Borges

Fotos: É Notícia – Fernanda Lima

Dados: Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento

 

 

 

 

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