Dois irmãos acusados de bater com o carro em uma moto, arrastar e ,atar Amanda Prado Amorim, de 19 anos, em Cascavel, foram condenados a 29 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
O irmão que estava na direção do veículo no dia do crime foi condenado também por crime de trânsito. O júri popular ocorreu nesta quinta-feira (9).
Além de Amanda, uma amiga dela que estava junto na moto ficou gravemente ferida, mas sobreviveu. À época, a polícia disse que os irmãos Fabio de Freitas e Roberto Carlos de Freitas Souza bateram de forma intencional.
A defesa dos dois réus afirmou que vai recorrer da decisão.
Como tudo aconteceu em junho de 2020
Na madrugada, Amanda levava uma amiga para casa quando um carro, um Kadete prata, passou a perseguir a moto onde estavam as duas.
A jovem Amanda Prado Amorim, que tinha 19 anos, morreu no local do acidente. Ela treinava Muay Thai e jogava em times de futsal da cidade.
Ela fazia faculdade de Educação Física, estava no terceiro ano e o sonho dela era ser policial federal”, contou uma parente da vítima.
O impacto foi tão forte que as jovens foram arrastadas por mais de 20 metros.
A Polícia Civil afirma que um amigo das duas estava em um veículo atrás e relatou que os ocupantes desse carro começaram a seguir e gritar o nome de uma pessoa desconhecida.
A amiga de Amanda, que tem 20 anos, foi socorrida com ferimentos graves e levada para uma unidade de saúde de Cascavel.
“Em determinado momento, de forma intencional, o motorista jogou o carro em cima da moto. Neste caso, tudo indica, que o crime foi homicídio doloso previsto no Código Penal”, explicou a delegada de Homicídio Raisa Vargas.
Relato de testemunha e família
Uma moradora na região do acidente foi a primeira a chegar ao local e ligou para a polícia.
“Ouvi o barulho e gritos de uma moça. Até então não sabia que tinha uma pessoa embaixo do carro. A gente correu, chamou a polícia, liguei para o Samu e fiz os primeiros socorros. Um a das meninas estava bem. Fui ver a pulsação da menina que estava embaixo do carro e não havia”, contou a testemunha que não quis se identificar.
O motorista e o passageiro do carro fugiram a pé e abandonaram o veículo. Dentro do automóvel foram encontradas latas de cerveja.
Os pais de Amanda estiveram no Instituto Médico-Legal (IML) para liberar o corpo. Disseram que a família, a jovem tinha mais três irmãos, além de viver a dor da morte, está revoltada com a perda sem explicação.
“A brutalidade do assassinato, foi um assassinato. Depois que atropelou e bateu, arrastou elas por uns 50 metros. A gente não espera isso para ninguém. Ninguém planeja esse tipo de coisa, é uma dor terrível”, lamentou o pai.
G1
